Vale a pena parar pra ler a história de Marvin, o soldador:
Com 52 anos, o soldador Marvin Heemeyer vivia em Grunbee, no Colorado, arrumando surdinas de automóveis. Sua pequena oficina estava localizada perto de uma fábrica de concreto, chamada Mountain Park. Para o terror de Marvin e seus vizinhos, os donos da Mountain Park decidiram expandir a fábrica, forçando as pessoas que viviam perto dela a vender seus terrenos para a Mountain Park.

Cedo ou tarde os vizinhos da fábrica desistiram, exceto por Marvin. Tendo usado de todos os meios possíveis, os donos da fábrica falharam em adquirir seu terreno. No entanto, tudo em volta do seu terreno estava comprado pela fábrica, que resultou na loja de Marvin sendo cortada do resto do mundo.
Marvin tentou de tudo ao seu alcance para restaurar a justiça. Obviamente, o conselho municipal e outros políticos do estado estavam do lado capitalista dos donos da fábrica.
Não foi surpresa que Marvin perdeu o caso para os donos, na corte. Depois, Marvin ainda teve que pagar uma multa de $2500 por não ter uma rede de esgoto encanada. Quando estava pagando a multa, Marvin pôs uma nota no cheque que dizia “covardes”.
Ele era um dos que NÃO desistem.
No 4 de Junho de 2004, durante um dia chuvoso, Marvin rodou pela cidade num bulldozer reforçado com placas de metal. Ele começou com a fábrica de concreto, destruindo prédio por prédio, mesmo com a fábrica já demolida. Logo estava no conselho municipal seguindo para a câmara municipal, então o banco, a biblioteca pública, o corpo de bombeiros, um armazém, o jornal local e outros prédios que pertenciam ao prefeito.

Tentando parar Heemeyer, a polícia finalmente entendeu que o bulldozer de Marvin era imbatível. Mais de 200 balas foram atiradas contra o veículo, causando nenhum dano, no entanto. A força policial decidiu então, usar granadas de mão contra o titan. Mais uma vez seus esforços foram inúteis. Depois, um veículo armado com explosivos colocou alguns no trajeto de Marvin para destruí-lo, ele também teve pouca sorte tentando pará-lo.

Marvin respondeu aos ataques com dois rifles semi-automáticos, calibre 23, e um rifle semi-automático, calibre 50, colocado em aberturas especialmente desenhadas, na frente, na esquerda e na direita do veículo.

Tudo que a polícia pode fazer foi retirar 1500 habitantes da cidade (a população na época era de 2200) e bloquear todas as estradas, incluindo uma rodovia federal que levava a cidade.
A guerra de Marvin terminou as 4:23 da tarde.
Tendo já terminado de destruir uma casa de jogos, o bulldozer parou de repente. A única coisa que pode ser percebida vindo da máquina da morte de Marvin foi fumaça saindo do radiador danificado.
De início, os oficiais de polícia estavam assustados demais para se aproximar da coisa. Tentando tirar Marvin do seu forte, eles tiveram que fazer um buraco na armadura do veículo. Quando eles finalmente o fizeram, Marvin já estava morto. Ele não iria cair nas mãos do inimigo vivo.

Apesar do grande dano a propriedade (13 prédios foram destruídos, muitos precisavam de centenas de milhares de dólares para serem reparados), ninguém além de Heemeyer saiu ferido; os curiosos observaram que Heemeyer parecia desviar para não machucar ninguém.
O governador disse que a cidade parecia como se um tornado tivesse passado por ela.



Depois, uma investigação foi iniciada. Ela descobriram que a criação de Marvin era tão forte que até mesmo uma poderosa investida de artilharia causaria um dano mínimo ao veículo. O bulldozer estava totalmente coberto por placas de metal, com grossuras por volta de meia polegada. Em alguns lugares, a armadura do veículo estava com mais de um pé de grossura, consistindo num sanduíche de concreto entre placas de metal, feito especialmente para o que foi usado.
Para caber no bulldozer com esta “concha”, Marvin teve que usar um guindaste feito por ele mesmo. “Abaixando a armadura protetora sobre o veículo, Marvin sabia que ele não poderia mais sair dali” – disseram oficiais de polícia.
Contudo, Marvin se fechou ali dentro com suprimentos de água, comida, munição e uma máscara de gás. Para controlar o KILLDOZER, Marvin usou três monitores e um par de câmeras de vídeo. Para o caso das câmeras ficarem cobertas de pó, elas foram colocadas com compressores de ar, para soprar a poeira.
Marvin levou dois meses para desenhar a máquina, e de acordo com a fonte, um ano e meio para construí-la.
“Ele era um cara gentil”, - disseram às pessoas que eram próximas de Marvin. “Eles não deveriam tê-lo irritado”. “Se ele fosse seu amigo, seria seu melhor amigo. E se ele fosse seu inimigo, bem, ele seria seu pior e mais perigoso inimigo.” – disseram os amigos de Marvin.
Alguns vídeos do Marvin em ação:
O texto sobre a história de Marvin foi traduzido por mim do site: http://forums.facepunchstudios.com/showthread.php?t=143648.
Para mais informações:
Wikipédia, sobre a história de Marvin.
Denver Post.com (fotos do interior do bulldozer)
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Consultem também as inúmeras fontes que estão no site da Wikipédia, há muita informação sobre o caso.
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